Até o fim pelo que lutamos

A primeira edição do Duelo de MCs no mês de outubro recebeu as famosas, queridas e tradicionais batalhas de rimas improvisadas, pocket show do MC Dodozin, roda de danças e ainda a participação do MC Gil Metralha, do Rio, que subiu ao palco do Duelo pela segunda vez.

O MC Arley, que vem participando do Duelo assiduamente nos últimos meses, levou a melhor a venceu os embates da noite. Lembrando que foram mais de 20 duelistas inscritos, o que permitiu a realização de batalhas de duplas.

Ouvir e assistir aos primeiros registros sonoros do MC Dodozin (artista que faz parte da mais nova geração de MCs revelados no palco do Viaduto Santa Tereza), à participação mais do que especial de Gil Metralha e ao set inspirado de breaks, funks e afins assinado pelo DJ Junin Bum Bep foi demais. Mas a última edição do Duelo de MCs deixa outra lição, para além da programação cultural.

Neste sentido, escrevemos em primeira pessoa para chamar a atenção para as falas dos apresentadores do Duelo, Monge e Ozléo, durante a noite de sete de outubro. Que fique claro: o Duelo de MCs é um lugar de paz, reduto de fruição artística e cultural e espaço de celebração da essência da cultura Hip Hop.

Quem frequenta o Duelo precisa entender que, assim como os organizadores e artistas que participam do encontro, também é responsável direto pela ocupação do viaduto Santa Tereza. Se isso não for compreendido, se não houver uma atitude de pertencimento, que leva cada um de nós a perceber que precisamos contribuir para a continuidade do Duelo de MCs, todas as articulações que a Família de Rua tem feito em prol do encontro não têm valor algum. Se não cuidarmos literalmente do espaço, a luta por banheiros químicos, segurança e reforma do viaduto, por exemplo, torna-se inútil.

Pensemos nisso.