Misture raciocínio veloz a um bocado de criatividade. Adicione um tanto de carisma e tempere com pitadas de malandragem, flow e suingue. O resultado será um exímio mestre de cerimônias, de acordo com os mandamentos que rezam na cartilha da cultura hip hop. Nas duas últimas edições do Duelo dedicadas aos rimadores, tais características foram figurinhas carimbadas nas performances do MC Douglas Dim. Além de levar a melhor na noite de estréia do Duelo do Conhecimento, que rolou em 30 de janeiro, Dim também se sagrou campeão na edição da última sexta.
Os mais puritanos podem pensar que ainda é cedo para tanto, mas, a essa altura dos acontecimentos, já é possível botar o rapaz no hall dos “rimadores clássicos”. Entenda “clássico” como algo especial, diferenciado e particular. Apesar da pouca idade (Dim goza de seus breves 17 anos), o MC mostra bastante maturidade e segurança em cima do palco. Fruto disso é a coleção de vitórias que ele soma em sua trajetória no Duelo de MC’s.
Na edição passada, o ápice da noite foi o confronto final, quando Dim enfrentou o garoto Inti, que também esteve em um de seus melhores momentos no Duelo, diga-se de passagem. Ao som de beats escolhidos a dedo pelo DJ Roger Dee, Douglas Dim não deixou escapar nada, respondendo uma a uma as provocações do adversário. Cada verso valeu à pena. Quem passou por lá, voltou para casa satisfeito.
Pra terminar, vale citar a presença dos B.boys e B.girls, que a cada sexta encantam o Duelo de MC’s no momento da roda. Sem falar na participação do grafiteiro Goma, que, na condição de vanguardista, figurou como o primeiro artista a pintar uma tela no estilo “grapixo” no solo do viaduto Santa Tereza. E é claro, não dá pra esquecer o público: Cada um e/ou cada uma que, emprestando um pouco de sua atenção, contribui estrondosamente para o sucesso da empreitada.
Por PDR Valentim
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