quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Com chave de ouro


















Fotos por Juninho Bum Bep
Encerrando sua participação no VAC 2010, sexta passada o Duelo de MCs se dedicou especialmente à arte do Graffiti, com novidades tecnológicas, participação de escritores da velha escola, versos livres, dança e muito mais.
No último dia cinco de fevereiro, a convite da Família de Rua, artistas da primeira geração do Hip Hop de BH alegraram a noite no Viaduto Santa Tereza com muitas cores e atitude. Antes de qualquer coisa, cabe dizer que foi uma grande honra receber figuras que fazem parte da história do Hip Hop belo-horizontino (e brasileiro) no palco do Duelo. Na noite dedicada ao graffiti, Ângelo (AJ), Gin, VMD e GMC, quatro grafiteiros que tiveram seu primeiro contato com as latas de aerosol ainda na década de 1980 (e depois tomaram rumos distintos), decoraram duas das pilastras de sustentação do Viaduto com muito estilo. Cada um à sua maneira, e com seus traços característicos. Foi mágico participar e assistir aqueles momentos. Letras e personagens únicos, genuínos, saídos das mãos e das mentes de artistas que já não tinham contato com os muros há mais de uma década. Mas que, sem sombra de dúvida, não perderam a essência das ruas.















Ao mesmo tempo, enquanto a fumaça dos sprays pairava sobre o ar, o tradicional Duelo de MCs levantada o povo debaixo do viaduto. Ao microfone, duelistas veteranos e estreantes disputando, em rimas espontâneas, o melhor desempenho e criatividade. Ao final, Fabrício FBC triunfou, vencendo o jovem Vinição no calor do round de desempate. 





















Durante as três horas que se seguiram, ainda rolou bastante coisa por ali, a começar pela clássica roda de danças que semanalmente encanta meninos e meninas. A novidade da festa foi um concurso de Tag Digital. Em parceria com o Graffiti Lab Brasil e a Gambiologia, foi montado um quartel general tecnológico atrás do palco. Do QG, eram disparadas assinaturas (tags) características dos artistas urbanos que, ao passo que tomavam forma no papel, iam sendo convertidas em arquivos digitais (através do software Graffiti Analysis) e projetadas na parede. Uma novidade que ganhou as ruas de Belo Horizonte pela primeira vez. É a tecnologia trabalhando em favor da arte. E o Duelo de MCs, através de parcerias sólidas e verdadeiras, saiu na frente outra vez.















Pra terminar, a Família de Rua, com imensa satisfação, agradece a todos e todas que, direta ou indiretamente, contribuíram para que o encontro fluísse com naturalidade e alegria neste início de 2010. Em especial, os agradecimentos se estendem à organização do Verão Arte Contemporânea e aos diversos artistas, coletivos e grupos que participaram do encontro nas últimas semanas. Valeu Família! Lembrando que, pra variar, na próxima sexta (dia 12) tem Duelo de MCs, a partir das 21H. É só chegar!
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